sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Eu sempre soube que o De Palma era fã de Emmanuelle



Nem é o caso de Dália Negra especificamente, mas o erotismo over regado a Kenny G e as depalmetes nunca me enganaram.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

My art is called egocentric soft porno or maybe it's just narcisism my one and only subject goes from something like anything but me ism



http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=28070615

Jurando...
Quem me dera, néam.
Eu tô mais pra Luís XVI do que pra Emmanuelle, infelizmente.
Mas, essa comunidade me lembrou que eu nunca tinha assistido a nenhum filme da série, numa noite de insônia (redundância) fui olhar a programação do Telecine e me deparei com esta pérola:
"Depois de um acidente, Emmanuelle perde completamente a memória. O célebre professor Simon usa suas técnicas especiais de terapia sexual para desvendar o grande mistério de seus segredos".
Tipo assim, imperdível.
Vou eu 3 horas da manhã ver Os Segredos de Emmanuelle.
É mais ou menos como eu imaginava, breguinha, mas não agressivo, plot twists psicodélicas, trash e ingênuo ao mesmo tempo.
A era romântica da pornografia.
Quase dá pra assistir com a vó.


P.S. - Pelo cartaz acima descobri que a tia da Eva Green já deu bafão com a Emmanuelle.
Eclética a moça, de Pickpocket a soft porn, uma atriz sem preconceitos.
Aliás, as relações de Robert Bresson com a família Green merecem ser investigadas, papito Green também já fez filme (apesar de o burrinho Balthazar ser mais expressivo).

Kan't help it



Immanuel Kant.
Padroeiro não lido deste blog, vítima de trocadilhos infames.
Como me redimir?
Sempre tive uma visão caricata, pra não dizer apocalíptica, do cara.
(de qualquer forma, acredito que a maioria das pessoas não perdeu 1 milésimo de segundo de suas vidas imaginando Kant, eu já)
Eu imaginava ele como uma versão filosófica do Luís XVI da Coppolinha, um cara bizarro, impotente, com hobbies esquisitos e que escreve livros difíceis.
Crítica da Razão Pura me provoca calafrios.
Só de vê-lo na estante da livraria ao lado dos filósofos pop (Nietzsche & Cia), naquelas versões de bolso multicoloridas da Martin Claret, sinto vertigem.
Outro dia vi um livro chamado Falta um Cão na Vida de Kant, "Influenciado por seu tio Juca, que define a filosofia como o casamento da inteligência com o assombro, e por Zé, um amigo provocador e inteligente, o protagonista desta história vive uma procura incessante por assuntos que desconhece mas que o fascinam". Pois é.
Kant muda vidas.
Ainda não mudou a minha (infelizmente, continuo seguindo os instintos da minha natureza), mas já faz parte das minhas resoluções de semestre novo.
Depois que li essa coluna: http://revistao2.uol.com.br/mostramateria.asp?IDmateria=687, decidi que ia começar a correr. Semana passada fui comprar meu kit sport spice, afinal, tudo começa pelo look (Antoinette be my guide), mas não tinha o meu tamanho.

N'Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século tem um conto da década de 70 chamado Crítica da Razão Pura, cujas últimas linhas são:
"– E agora, doutor? – disse eu.
– Agora?
– O que é que vamos fazer?
– Foda-se – disse o Dr. Fontes entrando na Rural."

Pleased to meet you...



Hope you guess my name, oh yeah.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sympathy for the Devil



Maria Antonieta deixa a vida para entrar para a história, como demônio.
Procurei essa cena no Google, o momento da capitulação, mas não achei, por isso fotografei a TV.
Maria Antonieta me lembrou o bebê de Rosemary.
Sofia Coppola também olha o seu bebê-demônio com amor.
Maria Antonieta é um filme adolescente, e para voltar à adolescência, Sofia volta à Kirsten Dunst.
Só agora lembrei porque ela não me irritou em Virgens Suicidas, Dunst é uma atriz adolescente, ela só é crível nesse tipo de papel, não funciona como mulher, ela deve, necessariamente, interpretar alguém de 15 anos, senão não rola.
De ninfeta, as covinhas, o ar de tolinha, até os dentes de vampirinho são graciosos.
"Que elas brinquem a meu redor para sempre. Que não cresçam nunca!", diria Nabokov...
E a rainha teen se distrai, e se frustra, e experimenta a sua adolescência enclausurada no seu castelo de princesa sem príncipe.
Maria Antonieta me comoveu com algumas cenas simples e bobas, que, pra muitas pessoas, devem fazer parte do não-acontece-nada do filme.
Maria Antonieta se divertindo com os amigos pós-hi-fi nos jardins do Palácio de Versalhes, vendo o sol nascer, Maria Antonieta voltando do baile de máscaras na charrete, se apaixonando.
Maria Antonieta perdeu a cabeça e nunca soube porquê.
Sofia trata seus personagens com carinho, a gente se afeiçoa a eles.
Carinho e delicadeza, as palavras que me vêm à mente quando penso no cinema de Sofia Coppola.
Cannes vaiou.
Gongada na coletiva, Sofia disse: "espero que as meninas gostem".
Eu gostei :)



P.S. - Asia Argento fez algum filme em sua vida em que não fizesse papel de puta?

P.S.S. - Não achei o all-star.