domingo, 28 de outubro de 2007

Wanna see my view of Paris?



Não dava nada pelo filme, só baixei pra ver o bigodchenho zéquici do Jason e porque a empolgação do Juca me contagiou um pouco.
Assisti numa das madrugadas da vida e nem gostei.
Fui dormir e acordei gostando ¬¬

Sei lá, de repente, comecei a achar tudo legal, da musiquinha brega (You talk like Marlene Dietrich...) a todo o resto.
Meio truffautiano...
Aliás, por falar em filmes truffautianos, lembra também a fossa do Romainzinho em Dans Paris .

But where do you go to, my lovely
When you're alone in your bed
Tell me the thoughts that surround you
I want to look inside your head


P.S. - Who cares about Natalie Portman's naked scenes?
Estão alardeando tanto isso, o grande chamariz do filme, como se fosse uma grande coisa alguém aparecer pelado num filme (sendo que a nudez nem é tão explícita assim, na hora que o Jason tira a calcinha dela, ela fica meio que de ladinho pra câmera não pegar direito, haha, redécola...), putz, e na outra cena, ela se empinando toda lá na cômoda, é engraçado, gente, no mínimo.
Natalie, querida, você não tem sex appeal.
Continue meiga.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

You'll make us wanna diiiiiiieee



I'd cut your name in my heart
We'll destroy this world for you
I know you want me to
Feel your paaaaaaaaaiiinn

Uuuuuuuuuuhhhh...

sábado, 20 de outubro de 2007

Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas



7 nalgum lugar há muitos anos, vi no cinema "hannah e suas irmãs", filme de woody allen, em que o personagem de michael caine, apaixonado pela irmã de sua mulher, a presenteia com um livro do poeta americano e. e. cummings. a certa altura, ela abre o livro e lê um poema de amor lírico e comovente. passei muito tempo com o eco daquele poema na minha memória até que caísse em minhas mãos um livro de poemas com a obra de cummings traduzida por augusto de campos, e então deu-se a mágica.

Comigo foi quase igual.
Meu primeiro contato também foi vendo o filme do Woody (de quem não sou fã), e nem seria exagero dizer que o fato de esse filme ser um dos meus preferidos dele se deve à descoberta do poema.
(até porque essa cena da foto é a única coisa que eu realmente lembro do filme)
Fiquei com ele n'algum lugar da memória até descobrir, por acaso, a música do Zeca.
Era uma das que eu menos gostava do álbum, quase sempre passava.
Um dia, ouvindo o cd no banho (onde não podia passar ¬¬), me submeti à 7ª música.
Apesar de não estar prestando muita atenção, ouvi, de relance, o último verso...
E deu-se a mágica :)
Lembrei em português do poema ouvido em inglês anos antes.
E, até hoje, continuo não conhecendo um poema mais bonito que esse.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007


Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra


Embora eu tenha me fechado como dedos


Nalgum lugar


Me abres sempre pétala por pétala


Como a primavera abre


(tocando sutilmente, misteriosamente)


A sua primeira rosa

sábado, 13 de outubro de 2007

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club



Era uma vez uma noite de insônia no MSN.
Ninguém-me-ama-ninguém-me-quer-ninguém-me-chama-de-meu-amor, daí, fui alugar um amigo, que sempre me suporta nas noites de "Fala que eu te escuto" mais violentas.
Disse que estava me sentindo um personagem de Ming-Liang, que só faltavam as goteiras no meu quarto.
Ele disse que se sentia um personagem do Kar-Wai.
Então, começamos a discutir o que era pior ¬¬

Danço eu, dança você, na dança da solidão...


Eu disse que era pior ser ming-liânica.
E aqui cabe a ressalva do ser e do estar.
O cinema de Ming-Liang e Kar-Wai sempre me tocou de forma muito pessoal e isso só é possível por haver essa identificação, com os dois.
A interseção desses dois universos cinematográficos tão particulares é a solidão.
Os seres ming-liânicos são patéticos, desesperados, sempre à beira da catarse, enquanto que os kar-waianos são melancólicos, platônicos, resignados.
Normalmente, sou mais Kar-Wai.
Mas, nas crises emuxas fico mais Ming.


Ele disse que ser ming-liânico é melhor porque no Kar-Wai mood você sabe que não vai dar certo, mas-o-coração-não-se-cansa-de-ter-esperança-de-um-dia-ser-tudo-o-que-quer...


O certo é que os dois são dolorosos.
Mas, ver os filmes é sempre tão bom...
[suspiro]
(kar-waiano)
Droga.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Hot list

Entón.
Nem achei a listinha do Cinema Erótico ruim, não sou muito fã de alguns ali, a Betty Blue me irrita, Kids me deixa deprimidinha e Império dos Sentidos dá nojinho (o que, certamente, era a idéia), mas, o único que eu acho que não merecia estar na lista é Romance X, não existe coisa mais anti-erótica do que aquilo, ÓDEO daquela mulher, chata, chata, muito chata, vontade de socar.

Enfim, assim como no livro, minha lista também tá em ordem cronológica:


Dã.



O Amante.


Néam.


Ozon toooodo se querendo, como sempre.


Ou como usar câmera lenta, música e fotografia para não-acontecer-nada-tensamente.


Foto auto-explicativa.


I will eat you alive
There'll be no more lies


Néam.


Só a parte do Kar-Wai, claroan.


Hortifrutigranjeiros mood :P

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Cinema Erótico



Ontem assisti ao grande bafão cinematográfico de 2006, Shortbus, de John Cameron Mitchell.
A idéia era: elevar o bafão à enésima potência, fazendo um filme com sexo explícito (hetero-gay-lésbico-simpatizante).
Cochilei.

Enfim, aconteceu tudo o que o Mitchell não queria:
O filme não me provocou repulsa, nem achei nada daquilo erótico.
Os momentos Pasolini olha-como-eu-sou-subversiva são especialmente bocejáveis, como na cena de ménage à trois gay, quando o cara começa a cantar o hino americano na bunda do outro.
Que super.

O protagonista tristonho também me irritou, muito.
Uma espécie de Mia Kirshner male version.
Mia é sempre uma atriz "intensa" e sempre faz a linha linda-lésbica-deprimida.
O cara fica o filme inteiro fazendo a bicha depressiva.
A mesma cara de "tô tristinho" do Vincent Gallo durante os 90 minutos de Brown Bunny.
Cansa.



Anyway.
Shortbus me lembrou da listinha do Cinema Erótico.
No final do livro, o organizador improvisa um Top 10:



















Vou pensar no meu Top, depois posto ;)

El método



Ui.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Essa atração que eu tenho por gente caída



cansada, exaurida, extenuada, estagnada, prostrada, vencida.

"Ela sempre teve um interesse especial por moças lindas e sem saída, pertencentes a uma geração cínica demais para se unir na rebeldia, e refinada demais para se unir na mesmice."

Trecho de uma reportagem sobre Maria Antonieta, na parte que fala sobre o filme (e o cinema) da Sofia.
Lindas e sem saída.

Me deparei com a foto acima em algum lugar da internet, e baixei o filme só por causa dela.
Vi ontem, nem é tão legal assim.

De tes anamours transitoires







De belle au bois dormant qui dort.