domingo, 2 de novembro de 2008

In pitch dark I go walking in your landscape



- quem no balanço do mar caminha num baque só
- cena Y: WTF
- filme argentino = Ricardo Darín, visto-que não há outro ator na Argentina, os outros machos/mais ou menos machos do filme devem ser uruguaios, chilenos or something.
Eu já comentei que acho os homens argentinos top gatos garotos marotos América do Sul (e não só)?
Assim, fora Lionel Topo Gigio Messi, Terror da Meia-Noite Tevez, etc, a seleção argentina deu uma caída, fato.
Mas estou fugindo ao tema.
O aspecto mitológico da cousa me lembrou do jantar na casa de um amigo semana passada, frequentador assíduo de chats eu-você-e-todos-os-encontros-casuais-os-ais-e-os-hão-de-ser, me disse que entrou com o nick "travesti novinha" e virou a Vitória Régia do chat.
Uma amiga fez lipo há uns meses, uma amiga dela tava de enfermeira, dormindo lá e tudo, fui visitar, conversa vai, conversa vem, elas me falaram que, profundamente entendiadas, entraram num chat de séquiço, tentaram de tudo, "peituda não sei o que" e nada. Daí botaram "trava alguma coisa" e bombaram, só sei que terminaram a noite dando sermão em homem casado (que, praticamente, era só o que aparecia).
Já dizia Caetano, a vida é assim: complexa e bonita, como os travestis.
Acho que entendi melhor isso depois desse filme, que não é sobre travesti, claro.

2 comentários:

Bruna O. disse...

Moro em uma dessas ruas infinitas, e como toda rua longa que se preze, na minha existem várias subdivisões. A parte que eu habito é mais residencial, mas um pouco abaixo é o maior ponto de prostituição da cidade, já que é escurénho, no centro, local propício ao clima de paquera e azaração. Percebi que nunca vi ali nenhuma mulher. Só travestis. As prostitutas que vi aqui ficam sempre em locais sujos, isolados, onde só passa caminhão (claro, tirando as garotas de programa de luxo, declaradamente ou não no ofício). Percebi também que as travas andam infinitamente mais produzidas e vistosas, o que em partes parece óbvio, mas me gerou a dúvida: será que travesti tem mais clientela? Agora que li isso tive minha pergunta respondida. Antes achava que elas expulsaram a mulherada no tapa, haha. Uma pessoa que une a força física de um homem com a fúria almodovoriana de mulher barraqueira é de dar medo.
Será que é por isso que Bismarchis da vida insistem em parecer travestis? Mas não são completas, néam. Um dia vi uma entrevista com uma espécie de trava celebridade (não aquela bonita que você passou, uma mais cagada) falando que nunca vai mudar de sexo porque precisa "dar o lanche dos meninos".
C'est la vie.

Emmanuelle Kant disse...

Veja esse filme, é intrigantean.
É diferente dessa estética traveca almodovariana que sempre foi meu parâmetro travecal.
Sei lá, talvez porque eu não seja homem, nunca consegui olhar sexualmente para um travesti, que, pra mim, sempre foi apenas uma figura engraçada.
Bom, o fato de a(o) menina(o) do filme não ser um travesti ajuda.
Me lembrou um pouco "Tiresia", mas, mais simples, sem precisar recorrer àquelas metáforas mitológicas, e a personagem é mais atrativa e mais real.