sábado, 20 de outubro de 2007

Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas



7 nalgum lugar há muitos anos, vi no cinema "hannah e suas irmãs", filme de woody allen, em que o personagem de michael caine, apaixonado pela irmã de sua mulher, a presenteia com um livro do poeta americano e. e. cummings. a certa altura, ela abre o livro e lê um poema de amor lírico e comovente. passei muito tempo com o eco daquele poema na minha memória até que caísse em minhas mãos um livro de poemas com a obra de cummings traduzida por augusto de campos, e então deu-se a mágica.

Comigo foi quase igual.
Meu primeiro contato também foi vendo o filme do Woody (de quem não sou fã), e nem seria exagero dizer que o fato de esse filme ser um dos meus preferidos dele se deve à descoberta do poema.
(até porque essa cena da foto é a única coisa que eu realmente lembro do filme)
Fiquei com ele n'algum lugar da memória até descobrir, por acaso, a música do Zeca.
Era uma das que eu menos gostava do álbum, quase sempre passava.
Um dia, ouvindo o cd no banho (onde não podia passar ¬¬), me submeti à 7ª música.
Apesar de não estar prestando muita atenção, ouvi, de relance, o último verso...
E deu-se a mágica :)
Lembrei em português do poema ouvido em inglês anos antes.
E, até hoje, continuo não conhecendo um poema mais bonito que esse.

Um comentário:

alana disse...

e deu-se a mágica!
Fiquei espantada agora, de verdade!
Eu entrei justamente pra te dizer que "não, não ouvi ainda a versão de Zeca Baleiro para o poema, só ouvi falar. Lembrava do poema por causa de Michael Caine e Barbara Hershey em 'Hannah e Suas Irmãs', um dos filmes de Woody Allen que mais gosto..."
Afe.
O.O