quinta-feira, 10 de julho de 2008

No hay banda



It's all recorded.

Hoje tive um silêncio-besta num café e fiquei pensando nos silêncios da vida.
Do silêncio-constrangedor ao silêncio-cúmplice, passando pelo silêncio-indiferente ao silêncio-queria-dizer-mas-não-tenho-coragem e o silêncio-http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=11779908.
Os silêncios podem ser praticados por telefone, MSN, tête-à-tête ou a uma pequena (e segura) distância (deixando-se estar, esquiva e silenciosamente, no mesmo recinto, observando, de soslaio, você poderia se aproximar, mas não vai).
Quando atravessa o tempo e o espaço, o silêncio se transforma em ausência, quiçá-saudade, quiçá-remorso, quiçá-esquecimento.


P.S. - You must remember this, a kiss is still a kiss...
http://www.scribd.com/doc/6855395/Clarice-Lispector-O-Primeiro-Beijo

2 comentários:

Bruna O. disse...

"Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra".

Me lembrou Great Expectations...

Emmanuelle Kant disse...

A versão sexy-teen do Cuarón?
Foi a única que eu vi (obviamente, nunca li Dickens) e gostei, mesmo sendo com Gywhxzwth Paltrow.
Mas confesso que não lembro de muita coisa, praticamente só a cena do bebedouro, é essa, néam?