
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Dói da flor da pele ao pó do osso

Rói do cóccix até o pescoço
Acende uma luz branca em seu umbigo
Você ama o inimigo
E se torna inimigo do amor
Nunca me interessei muito pelo Babenco, não li o livro do Alan Pauls (que, aliás, estava, portenho e gatíssimo, na FLIP desse ano, os ingressos pra palestra dele, invariavelmente, se esgotaram em minutos, só fui conseguir ver um trecho no Saia Justa, há pouco tempo, quando elas comentavam o bom e velho tema das mulheres-que-amam-demais).
Alan Pauls, repito, grisalho e hermoso, se diz uma vítima desse amor excessivo, nas suas palavras, uma vítima do "terrorismo emocional" das mulheres.
As mulheres são todas umas terroristas mesmo, nada de novo no front.
E como não poderia deixar de ser, o filme faz referência à mãe de todas as kamikazes emocionais (mesmo se não o fizesse, impossível não lembrar dela), aquela que deveria ser filmada todos os dias, inclusive aos domingos: apasionada Adèle H.
(Glenn Close é pinto)
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus.
domingo, 9 de dezembro de 2007
Chacun son cinéma

Tava lendo outro dia uma matéria sobre a crise por que passa o cinema italiano, que começava com esta frase: "Se cada cinema tem uma vocação – por exemplo, o americano para a ação, o francês para os relacionamentos –, a dos diretores italianos está certamente no conflito, sejam suas tintas fortes as sociais, as históricas ou as pessoais."
Discutir a relação é o cinema, ora bolas.
Nós, mocinhas românticas, jamais deixaremos o cinema francês morrer.
Assisti hoje à tarde Un Couple Parfait, do Nobuhiro Suwa, uma espécie de continuação do 5X2, do Ozon.
Valeria Bruni absurdamente boa nos dois filmes, mas continuo preferindo o do Ozon.
So true...



Errant dans les rues de mes souvenirs
Je vais suivant le chemin de l'instant
Tout droit vers l'avenue de mon destin
Mais sans toi.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer

Sabe aqueles filmes que se sustentam na beleza dos seus atores?
Desde que vi El Método no Telecine, entrei numa fase Noriega-mon-amour.
Lendo coisas sobre ele na internet, descobri esse filme das fotos (Novo, de Jean-Pierre Limosin).
Filme bafônico + francês + Eduardo Noriega, achei que era motivo suficiente pra baixar.
Tão bonitinho ele falando francês com sotaque...
A protagonista também é linda, não conhecia a atriz (francesa, naturalmente), Anna Mouglalis, elegantérrima, cabelo divino, uma sílfide.
Elas são diferentes da gente, néam.
Já aceitei isso.
Uma dosagem de elegância (européia) e frescor (que as outras européias não têm).
(as latino-americanas têm frescor mas não têm elegância?)
Enfim, agradabilíssimo ficar olhando pra eles por uma hora e meia.

No filme, o personagem do Noriega tem o mesmo problema do protagonista de Memento, perda da memória recente.
Ele acaba se tornando um boy toy, um joguete na mão das mulheres, que se aproveitam do seu corpinho e do seu esquecimento.
Até ele conhecer e se apaixonar pela personagem da Anna.
Mas como é possível se apaixonar sem ter memória?
Aí o filme fica meio Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e ele começa a registrar num caderninho as emoções, antes que elas vão embora.
Num quadro em cima da cama: "Eu sou apaixonado pela Irène, que é esta que está dormindo ao meu lado".

Je veux te dire, c'est désagréable, très désagréable quand tu ne me reconnais pas, mais aussi très très agréable quando tu baises sans passé, sans habitude, chaque fois c'est une première fois.
J'ai besoin d'étrenner à toi, donner ce que tu aimes, connaître les livres que tu aimes pour les lire au même tour.
Je suis égoïste, quand on aime on est égoïste pour deux.
é a vontade de esquecer

Sabe aqueles filmes que se sustentam na beleza dos seus atores?
Desde que vi El Método no Telecine, entrei numa fase Noriega-mon-amour.
Lendo coisas sobre ele na internet, descobri esse filme das fotos (Novo, de Jean-Pierre Limosin).
Filme bafônico + francês + Eduardo Noriega, achei que era motivo suficiente pra baixar.
Tão bonitinho ele falando francês com sotaque...
A protagonista também é linda, não conhecia a atriz (francesa, naturalmente), Anna Mouglalis, elegantérrima, cabelo divino, uma sílfide.
Elas são diferentes da gente, néam.
Já aceitei isso.
Uma dosagem de elegância (européia) e frescor (que as outras européias não têm).
(as latino-americanas têm frescor mas não têm elegância?)
Enfim, agradabilíssimo ficar olhando pra eles por uma hora e meia.

No filme, o personagem do Noriega tem o mesmo problema do protagonista de Memento, perda da memória recente.
Ele acaba se tornando um boy toy, um joguete na mão das mulheres, que se aproveitam do seu corpinho e do seu esquecimento.
Até ele conhecer e se apaixonar pela personagem da Anna.
Mas como é possível se apaixonar sem ter memória?
Aí o filme fica meio Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e ele começa a registrar num caderninho as emoções, antes que elas vão embora.
Num quadro em cima da cama: "Eu sou apaixonado pela Irène, que é esta que está dormindo ao meu lado".

Je veux te dire, c'est désagréable, très désagréable quand tu ne me reconnais pas, mais aussi très très agréable quando tu baises sans passé, sans habitude, chaque fois c'est une première fois.
J'ai besoin d'étrenner à toi, donner ce que tu aimes, connaître les livres que tu aimes pour les lire au même tour.
Je suis égoïste, quand on aime on est égoïste pour deux.

terça-feira, 20 de novembro de 2007
Onde as almas são puras e a transa é outra
(Silêncio)
-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)
-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.
(Silêncio)
-Tudo isso é muito abstrato. Está tocando "Kiss, kiss, kiss". Por que você não me convida para dormirmos juntos.
-Você quer dormir comigo?
-Não.
-Porque não é preciso?
-Porque não é preciso.
Dial M for Murder
domingo, 11 de novembro de 2007
Girl afraid
sábado, 10 de novembro de 2007
Um Bonde Chamado Desejo

I was a good kid
I wouldn't do you no harm
I was a nice kid
With a nice paper-round
Forgive me any pain
I may have brung to you
With God's help I know
I'll always be near to you

Monday - humiliation
Tuesday - suffocation
Wednesday - condescension
Thursday - is pathetic
By Friday life has killed me
By Friday life has killed me

Why did you give me
So much desire?
When there is nowhere I can go
To offload this desire
And why did you give me
So much love
In a loveless world
When there's no one I can turn to
To unlock all this love
And why did you stick me in self-deprecating bones and skin
Jesus, do you hate me?
http://www.youtube.com/watch?v=qF0yHY9q6Us
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Evite fazer confidências
Ok, não sou de fazer confidências mesmo.
Fui jantar na casa de um amigo outro dia e, como ele tá fazendo a linha Mãe Diná, leu a minha sorte no tarô cigano (que ele preferiu ao tarô comum porque as cartas são mais bonitas), o melhor era ele fazendo a tradução simultânea das cartas acompanhando no manual...
Estava eu, agora há pouco, lendo a revista GLOSS no banheiro (aquela que veio com a Grazi na capa dizendo "se eu fosse homem, transava comigo" ¬¬) e tive uma pseudo-epifania lendo o meu horóscopo.
Por que tudo que lemos sobre a gente sempre bate?
domingo, 28 de outubro de 2007
Wanna see my view of Paris?

Não dava nada pelo filme, só baixei pra ver o bigodchenho zéquici do Jason e porque a empolgação do Juca me contagiou um pouco.
Assisti numa das madrugadas da vida e nem gostei.
Fui dormir e acordei gostando ¬¬
Sei lá, de repente, comecei a achar tudo legal, da musiquinha brega (You talk like Marlene Dietrich...) a todo o resto.
Meio truffautiano...
Aliás, por falar em filmes truffautianos, lembra também a fossa do Romainzinho em Dans Paris .
But where do you go to, my lovely
When you're alone in your bed
Tell me the thoughts that surround you
I want to look inside your head
P.S. - Who cares about Natalie Portman's naked scenes?
Estão alardeando tanto isso, o grande chamariz do filme, como se fosse uma grande coisa alguém aparecer pelado num filme (sendo que a nudez nem é tão explícita assim, na hora que o Jason tira a calcinha dela, ela fica meio que de ladinho pra câmera não pegar direito, haha, redécola...), putz, e na outra cena, ela se empinando toda lá na cômoda, é engraçado, gente, no mínimo.
Natalie, querida, você não tem sex appeal.
Continue meiga.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
You'll make us wanna diiiiiiieee
sábado, 20 de outubro de 2007
Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas

7 nalgum lugar há muitos anos, vi no cinema "hannah e suas irmãs", filme de woody allen, em que o personagem de michael caine, apaixonado pela irmã de sua mulher, a presenteia com um livro do poeta americano e. e. cummings. a certa altura, ela abre o livro e lê um poema de amor lírico e comovente. passei muito tempo com o eco daquele poema na minha memória até que caísse em minhas mãos um livro de poemas com a obra de cummings traduzida por augusto de campos, e então deu-se a mágica.
Comigo foi quase igual.
Meu primeiro contato também foi vendo o filme do Woody (de quem não sou fã), e nem seria exagero dizer que o fato de esse filme ser um dos meus preferidos dele se deve à descoberta do poema.
(até porque essa cena da foto é a única coisa que eu realmente lembro do filme)
Fiquei com ele n'algum lugar da memória até descobrir, por acaso, a música do Zeca.
Era uma das que eu menos gostava do álbum, quase sempre passava.
Um dia, ouvindo o cd no banho (onde não podia passar ¬¬), me submeti à 7ª música.
Apesar de não estar prestando muita atenção, ouvi, de relance, o último verso...
E deu-se a mágica :)
Lembrei em português do poema ouvido em inglês anos antes.
E, até hoje, continuo não conhecendo um poema mais bonito que esse.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
sábado, 13 de outubro de 2007
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club

Ninguém-me-ama-ninguém-me-quer-ninguém-me-chama-de-meu-amor, daí, fui alugar um amigo, que sempre me suporta nas noites de "Fala que eu te escuto" mais violentas.
Disse que estava me sentindo um personagem de Ming-Liang, que só faltavam as goteiras no meu quarto.
Ele disse que se sentia um personagem do Kar-Wai.
Então, começamos a discutir o que era pior ¬¬
Danço eu, dança você, na dança da solidão...
Eu disse que era pior ser ming-liânica.
E aqui cabe a ressalva do ser e do estar.
O cinema de Ming-Liang e Kar-Wai sempre me tocou de forma muito pessoal e isso só é possível por haver essa identificação, com os dois.
A interseção desses dois universos cinematográficos tão particulares é a solidão.
Os seres ming-liânicos são patéticos, desesperados, sempre à beira da catarse, enquanto que os kar-waianos são melancólicos, platônicos, resignados.
Normalmente, sou mais Kar-Wai.
Mas, nas crises emuxas fico mais Ming.
Ele disse que ser ming-liânico é melhor porque no Kar-Wai mood você sabe que não vai dar certo, mas-o-coração-não-se-cansa-de-ter-esperança-de-um-dia-ser-tudo-o-que-quer...
O certo é que os dois são dolorosos.
Mas, ver os filmes é sempre tão bom...
[suspiro]
(kar-waiano)
Droga.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Hot list
Entón.
Nem achei a listinha do Cinema Erótico ruim, não sou muito fã de alguns ali, a Betty Blue me irrita, Kids me deixa deprimidinha e Império dos Sentidos dá nojinho (o que, certamente, era a idéia), mas, o único que eu acho que não merecia estar na lista é Romance X, não existe coisa mais anti-erótica do que aquilo, ÓDEO daquela mulher, chata, chata, muito chata, vontade de socar.
Enfim, assim como no livro, minha lista também tá em ordem cronológica:

Dã.

O Amante.
Nem achei a listinha do Cinema Erótico ruim, não sou muito fã de alguns ali, a Betty Blue me irrita, Kids me deixa deprimidinha e Império dos Sentidos dá nojinho (o que, certamente, era a idéia), mas, o único que eu acho que não merecia estar na lista é Romance X, não existe coisa mais anti-erótica do que aquilo, ÓDEO daquela mulher, chata, chata, muito chata, vontade de socar.
Enfim, assim como no livro, minha lista também tá em ordem cronológica:

Dã.
O Amante.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Cinema Erótico

Ontem assisti ao grande bafão cinematográfico de 2006, Shortbus, de John Cameron Mitchell.
A idéia era: elevar o bafão à enésima potência, fazendo um filme com sexo explícito (hetero-gay-lésbico-simpatizante).
Cochilei.
Enfim, aconteceu tudo o que o Mitchell não queria:
O filme não me provocou repulsa, nem achei nada daquilo erótico.
Os momentos Pasolini olha-como-eu-sou-subversiva são especialmente bocejáveis, como na cena de ménage à trois gay, quando o cara começa a cantar o hino americano na bunda do outro.
Que super.
O protagonista tristonho também me irritou, muito.
Uma espécie de Mia Kirshner male version.
Mia é sempre uma atriz "intensa" e sempre faz a linha linda-lésbica-deprimida.
O cara fica o filme inteiro fazendo a bicha depressiva.
A mesma cara de "tô tristinho" do Vincent Gallo durante os 90 minutos de Brown Bunny.
Cansa.

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